No ato das centrais sindicais em São Paulo nesta quarta-feira, 1º de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou controvérsia ao pedir votos para o deputado Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito da capital paulista.
Durante o evento, Lula afirmou: "Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições". Especialistas em direito eleitoral consideram que o ex-presidente cometeu uma infração ao fazer esse pedido explícito.
O advogado eleitoral Alberto Rollo disse a CNN que Lula pode enfrentar uma multa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil, tanto para ele quanto para o beneficiário, caso seja comprovado que houve comprometimento prévio.
A reação adversa não tardou. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição, criticou as declarações de Lula, considerando-as como "propaganda eleitoral antecipada". O MDB anunciou que pedirá ao Ministério Público a abertura de inquérito para investigar os gastos com o evento e o uso da estrutura sindical para promover candidaturas.
Coordenador da pré-campanha de Boulos, Josué Rocha rebateu as acusações do MDB, afirmando que Ricardo Nunes busca desviar a atenção do uso de eventos oficiais da Prefeitura para promover sua reeleição.
Outros pré-candidatos, como Marina Helena (Novo) e Kim Kataguiri (União Brasil), também anunciaram iniciativas semelhantes, entrando com ações na Justiça Eleitoral e denunciando Lula ao Ministério Público por abuso de poder político.
Apesar de o vídeo ter sido apagado do YouTube do CanalGov, ainda está disponível no canal pessoal do presidente, segundo informações do Jornal O Globo. A polêmica continua a alimentar o debate sobre a linha tênue entre a promoção de candidaturas e a infração eleitoral.
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