Minha gente tudo massa? que saudade eu estava de vim aqui compartilhar e aprender com vocês viu, mas estou de volta cheia de descobertas pra contar pra vocês, bora lá?.
No artigo anterior, abordamos o BIOMA CAATINGA e conhecemos que só né, e minha proposta é que em cada artigo publicado possamos nos aprofundar ainda mais sobre nosso bioma, que muita vezes é pouco falado ou resumido só em seca e cactos, logo, ele tinha que ser o primeiro né, O Carcará, que é um dos maiores símbolos de representatividade do nosso bioma local. Separamos algumas curiosidades e espero que gostem. Agora chega de proza e vamos lá.
Também conhecido como carcará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó), gavião-de-queimada e gavião-calçudo. O carcará não é taxonomicamente uma água, e sim um parente distante dos falcões. É tanto visto como em bandos numerosos em redor de mamíferos e carcaças. Ocorre em campos abertos, cerrado, borda de matas e inclusive centros urbanos de grandes cidades.
Curiosidades: O que é Taxonomia?
Ciência ou técnica de classificação
Ciência que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos, individualmente ou em grupo.
Nome Científico
Seu nome científico significa: do (tupy) caracará = onomatopeia indígena para o som emitido por esta ave da família Falconidae; e do (latim) plancus, plangos = águia. ⇒ Águia que emite o som “cará”, “cará”.
Medindo cerca de 50-60 centímetros da cabeça a cauda, o peso do macho é de 834 g; a fêmea pesa 953 g e mede cerca de 123 centímetros de envergadura; o carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo “carijó”; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas. Deve seu nome à vocalização que emite. O peso varia de 786-953 gramas. Para melhor identificação desta ave em voo, basta perceber que sua asa é mais estreita (fina) do que a de um urubu, e a cauda também mais longa.
Subespécies
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
Indivíduos com plumagem flavística
Curiosidades: O que é Flavismo?
Flavismo é a ausência parcial da melanina (nesse caso ainda pode ser observado um pouco da cor original da ave), porém presença de pigmentos carotenoides. A ave flavística ou canela se apresenta com a coloração diluída, devido à perda parcial de melanina, tanto da eumelanina (pigmento negro) quanto da feomealina (pigmento castanho).Carcará com ausência parcial da melanina. Alteração genética conhecida como Flavismo
Alimentação
Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista, assim como o seu parente próximo, o Carrapateiro (Milvago chimachima). Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Adaptou-se à presença humana, comendo restos de comida no lixo das casas ou as vísceras de peixe nos acampamentos de pescadores. Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiús (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais. Também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas e larvas ou pequenos vertebrados, como anfíbios. É muito comum ser avistado ao longo das rodovias para alimentar-se dos animais atropelados. Fica nas proximidades dos ninhais para comer restos de comida caídos no chão, ovos ou filhotes deixados sem a presença dos pais. Chega a reunir-se a outros carcarás para matar uma presa maior. É também uma ave comedora de carniça e é comumente visto voando ou pousado junto a urubus pacificamente, principalmente ao longo de rodovias ou nas proximidades de aterros sanitários e locais de depósito de lixo. Dois hábitos pouco conhecidos são a caça de crustáceos nos manguezais (seja entrando na água para abocanhar os que estão perto, ou percorrendo o mangue a pé, na maré baixa) e a pirataria (o fato de perseguir gaivotas e águias-pescadoras (Pandion haliaetus), forçando-as a deixar a presa cair, que apanha em voo).
Reprodução
Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou em outras árvores. Usa ninho de outras aves também. A postura do carcará é composta de dois ou três ovos, sendo raro encontrar um quarto ovo. A coloração dos ovos está entre o branco e o castanho avermelhado, podendo variar nas tonalidades existentes entre essas cores. Os ovos possuem manchas vermelhas ou castanhas e medem cerca de 56 a 61 mm de comprimento por 44 a 47 mm de largura. A incubação dura cerca de 28 dias e é feita por ambos os pais. O filhote sai do ninho por volta do terceiro mês de vida, mas continua demandando os cuidados dos pais por mais algum tempo. Segundo (Antas, 2005; Sick, 1997) os pais criam somente um filhote por temporada.
Hábitos
Vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversão da floresta em áreas de pastagem, como aconteceu no leste do Pará. Pousa em árvores ou cercas, sendo frequentemente observado no chão, junto a queimadas e ao longo de estradas. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador; costuma acompanhar as correntes de ar ascendentes. Durante a noite ou nas horas mais quentes do dia, costuma ficar pousado nos galhos mais altos, sob a copa de árvores isoladas ou nas matas ribeirinhas.
Para avisar os outros carcarás de seu território ou comunicação entre o casal, possui um chamado que origina o seu nome comum, “carcará”. Nesse chamado, dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre as costas, enquanto emite o som (algumas espécies de aves de rapina têm o mesmo habito de dobrar o pescoço para trás quando emitem som). É visto com frequência em áreas urbanas.
VOCÊ SABIA?
Allopreening: É um comportamento social onde indivíduos de determinada espécie executam a limpeza em outro indivíduo pertencente ao seu grupo social.
Os motivos mais aceitos para este comportamento são remoção de ectoparasitos, posicionamento hierárquico e restabelecimento do bom convívio.
O Allopreening entre duas espécies de famílias diferentes (Cathartidae e Falconidae), uma necrófaga e a outra predadora, torna o entendimento deste comportamento, além de difícil, ainda mais belo. Muitas vezes incluem-se em bandos de urubus (principalmente urubus-de-cabeça-preta), compartilhando o alimento.
Distribuição Geográfica
Possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil.
Referências Culturais
A espécie ficou conhecida no Brasil em 1964 em razão da música "Carcará", de João do Vale, que era interpretada por Maria Bethânia . Você sabia que a canção '' Carcará '' participava das canções usadas como protesto contra a ditadura militar ?. A canção de protesto contra a ditadura militar eram canções de combate social e, ao mesmo tempo, de forte apelo emotivo-romântico. Suas letras criticavam a situação miserável e a exploração sofrida pelos excluídos do campo e da cidade: sertanejos, pescadores, vaqueiros, operários e favelados. Denunciavam as estruturas fundiárias e o cotidiano dos pobres dos centros urbanos .Os temas das canções pretendiam ser revolucionários pois tinham a intenção de provocar o ouvinte, despertando-o para a resistência contra a ditadura militar e a luta pela liberdade. Buscavam, ainda, sensibilizar ou conscientizar o público, setores das classes médias, sobre a pobreza e a miséria reinantes no Brasil. Para isso, seus intérpretes usavam de gestos, canto grandiloquente e até trechos recitados de forte impacto teatral.
“Carcará” (1964), de João do Valle e José Cândido, a canção fazia parte do show Opinião (Rio de Janeiro, 1964) que trazia canções escritas por Zé Kéti, Edu Lobo, Carlos Lyra, João do Valle, Heitor dos Prazeres, Ary Toledo, Sérgio Ricardo, Vinícius de Moraes entre outros. Sua letra exalta a coragem e a determinação para vencer a fome e a rudeza do sertão. A música incluía a declamação de um texto, extraído de um relatório da Sudene, sobre a migração dos nordestinos expulsos de suas terras pela seca e fome "Em 1950 mais de dois milhões de nordestinos viviam fora dos seus estados natais. 10% da população do Ceará emigrou. 13% do Piauí! 15% da Bahia!! 17% de Alagoas". Carcará deu sucesso imediato à jovem desconhecida Maria Bethânia, sua voz quase viril e sua postura agreste vestiram como uma luva o repertório e a proposta do musical, uma das primeiras manifestações culturais a insurgir contra o regime, cuja expressiva de interpretação marcou para sempre essa canção. Olha só;
E aí minha gente, por hoje é só visse? Espero de verdade que vocês tenham gostado, se gostou deixa teu comentário, compartilha com teus amigos e é nós demais. Xero grande e até a próxima < 3 Fontes:
https://www.wikiaves.com.br/wiki/carcara
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carcar%C3%A1
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/cancao-de-protesto-ditadura-militar/
https://www.youtube.com/watch?v=Mw6uxqmHBNY
http://memoriasdaditadura.org.br/artistas/maria-bethania/
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