Indiciado pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou qualquer envolvimento em um suposto plano para assassinar autoridades ou realizar um golpe de Estado. Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (22), Bolsonaro afirmou que "não tinha conhecimento de um plano para matar alguém" e que "jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe".
As declarações foram feitas um dia após a PF concluir uma investigação que apontou Bolsonaro e outras 36 pessoas como participantes de uma tentativa de golpe após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. O ex-presidente foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a investigação sugere que o plano incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Alegações de desconhecimento
Bolsonaro minimizou as acusações ao afirmar que não tinha relação com os supostos envolvidos. "Lá na Presidência havia mais ou menos 3.000 pessoas naquele prédio. Se um cara bola um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso?", disse o ex-presidente. Ele também negou que discussões sobre planos de assassinato tenham ocorrido em sua presença.
De acordo com a PF, um documento que detalhava o plano foi impresso em 9 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto e posteriormente levado ao Palácio da Alvorada, então residência oficial de Bolsonaro.
Prisões e repercussão
Na terça-feira (19), a PF prendeu quatro militares e um policial federal no âmbito da operação relacionada ao caso. Bolsonaro, no entanto, não é alvo de prisão, mas seu indiciamento amplia as acusações que ele já enfrenta.
O caso soma-se a uma série de investigações envolvendo o ex-presidente, que seguem sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Bolsonaro segue negando todas as acusações.
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